Perante a comunidade, no Largo junto ao Centro Cívico, Jorge Simões oficializou a sua candidatura à presidência da Câmara Municipal da Covilhã pelo PSD, numa sessão que decorreu este domingo, por volta das 19h00, e que contou com a presença de figuras como o ministro-adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, o ex-autarca Carlos Pinto, mandatário da candidatura, e vários representantes distritais e locais do partido. Num discurso marcado pela crítica ao atual executivo e por um apelo à mobilização da juventude, Simões afirmou: “A Covilhã precisa de verdade, precisa de compromisso, precisa de trabalho sério.”
O social-democrata defende que “os últimos 12 anos de governação socialista mergulharam o concelho na estagnação”. Apontando falhas na habitação, mobilidade, fixação de jovens e desenvolvimento das freguesias, o candidato social-democrata sublinhou que “a inércia substituiu a ação, a propaganda substituiu o planeamento e os ciclos eleitorais passaram a ditar prioridades”. Acrescentou que não se candidata por ambições pessoais ou jogos partidários, mas porque acredita “na força transformadora de uma comunidade ambiciosa e determinada”.
A juventude foi um dos principais eixos do evento. Guilherme Torgal, mandatário da juventude, criticou a falta de políticas para os jovens e defendeu que “é tempo de colocar os jovens no centro da decisão”. Já o candidato à presidência, propôs incentivos à aquisição de habitação por jovens qualificados, benefícios fiscais para empresas que os contratem e apoio a startups tecnológicas e criativas. No campo da educação, prometeu escolas equipadas com acesso universal à internet e introdução de disciplinas como programação e empreendedorismo.
A sessão teve ainda intervenções críticas à atual gestão socialista, com destaque para o discurso de Carlos Pinto, que liderou o município durante duas décadas e regressa agora como mandatário da candidatura. “Procurei uma única marca de inovação, uma grande obra dos últimos três mandatos e não encontrei nada”, declarou, acusando o executivo camarário de “desperdiçar os fundos do PRR e do Portugal 2030”. Lembrou contratos assinados para projetos como a barragem das Cortes que nunca chegaram a avançar e questionou: “Onde está uma grua hoje a trabalhar numa obra pública municipal?”
Jorge Simões prometeu um plano de mobilidade integrado, com ciclovias adaptadas à topografia e ligações mecânicas entre zonas urbanas e de montanha.
A candidatura tem também o apoio do movimento “Covilhã Tem Força”, cuja representante, Ana Calmão, reforçou o caráter apartidário do projeto: “Apoiamos Jorge Simões porque ele não vem por ódio, nem por vaidades pessoais. Traz consigo a mesma vontade que nos move: fazer da Covilhã uma terra onde as pessoas queiram viver, investir, trabalhar e criar família.”
No encerramento do evento, Jorge Simões apelou à participação eleitoral, considerando a abstenção como “o maior aliado da estagnação”. Defendeu que o seu projeto é “sólido, realista e transparente”. E concluiu: “Vamos juntos devolver à Covilhã o protagonismo que merece. Com coragem, com ambição e com trabalho sério, vamos transformar o potencial em realidade. Porque na Covilhã, todos contam.”