A Unidade Local de Saúde (ULS) da Cova da Beira foi oficialmente notificada da autorização da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde para a criação do Serviço de Medicina Nuclear no Hospital do Fundão.

O processo contempla o licenciamento e instalação de um equipamento de PET-TC (Tomografia por Emissão de Positrões com Tomografia Computorizada) e a aquisição de uma Câmara Gama, considerados essenciais para garantir diagnósticos de elevada precisão e acompanhamento de patologias complexas.

O projeto, que representa uma aspiração antiga da região, contou com o apoio decisivo da Câmara Municipal do Fundão, que financiou e já concluiu as obras de adaptação para cumprir os requisitos técnicos.

De acordo com a Direção Executiva do SNS, a nova unidade constitui “uma mais-valia determinante no contexto da área de influência da ULS da Cova da Beira, justificando, por si só, o parecer favorável agora emitido”.

A implementação será feita em parceria com a ULS de Coimbra, o IPO de Coimbra e outras entidades de referência nacional e internacional, permitindo reforçar a capacidade de diagnóstico precoce e de monitorização terapêutica.

A estrutura é considerada estratégica para colmatar um vazio assistencial identificado há décadas: atualmente, toda a zona raiana, entre Portalegre e Bragança, não dispõe de qualquer unidade de Medicina Nuclear, obrigando milhares de utentes a deslocações longas e dispendiosas.

A nova valência permitirá servir uma população estimada em 500 mil habitantes. Para João Marques Gomes, presidente do Conselho de Administração da ULS da Cova da Beira, a instalação “representa um passo determinante para o cumprimento dos objetivos estratégicos da ULS Cova da Beira”, acrescentando que “mais do que um avanço tecnológico, trata-se de uma conquista para os utentes da região e para o país”.