Município da Guarda contesta desclassificação do Serviço de Pediatria e exige revisão da proposta
Por Jornal Fórum
Publicado em 11/11/2025 10:35
Saúde

O Município da Guarda expressou firme oposição à classificação de Nível I atribuída ao Serviço de Pediatria da Unidade Local de Saúde da Guarda (ULSG) no documento “Rede de Referenciação Hospitalar – Pediatria”, atualmente em consulta pública.

Na posição enviada à Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, o presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, manifesta profunda preocupação e discordância em relação à proposta, considerando que a desclassificação para um nível que apenas assegura “cuidados pediátricos essenciais” ignora o investimento recentemente realizado e compromete o princípio da coesão territorial.

O autarca sublinha que a ULS da Guarda serve cerca de 140 mil pessoas e que a maternidade da cidade, responsável pelo maior número de partos e urgências obstétricas da região, é a única que garante acesso em menos de 60 minutos à população dos 13 concelhos da área de influência. O acesso a outra maternidade implicaria maior tempo de deslocação e consequente risco para utentes e recém-nascidos.

Sérgio Costa defende que não é possível aplicar o mesmo modelo de concentração de serviços usado em zonas densamente povoadas e com acessos facilitados, sublinhando que a decisão de desclassificar um serviço recentemente renovado é economicamente irracional e representa um desperdício de dinheiros públicos.

O Município solicita, por isso, a revisão urgente da proposta e reitera a necessidade de garantir cuidados diferenciados de proximidade às famílias da Beira Interior.

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