As eleições Presidenciais estão quase à porta, faltam cerca de dois meses e os candidatos andam na rua. Goste-se ou não de Marcelo Rebelo de Sousa, há uma cisa que temos de dizer e reconhecer: foi um Presidente próximo das pessoas, inaugurou um estilo próprio, mas de preocupação com o próximo, isso é inegável, e seriamos injustos se não o fizéssemos.
Agora qualquer comentador de bancada diz mal de Marcelo, todos o criticam, até aqueles que o apoiaram, mas na verdade Marcelo saiu à rua, falou com as pessoas. Teve resultado prático? Não, pois os poderes do Presidente são diminutos, mas deu a cara, confortou, levou uma palavra amiga.
Lembro-me daquele Senhor de Pedrógão que chorou no seu ombro, daquela Senhora no nosso Interior que o abraçou e clamou por ajuda. Cometeu erros? Sim, bastantes, mas quem não comete?
E que Presidente queremos para o futuro? Uma pessoa que confunde os poderes do Presidente com os do Primeiro-ministro ou do governo? Que quer assistir às reuniões do Conselho de Ministros? Poupem-nos, porque deste género de «bocas» o país não precisa.
Necessitamos de um Presidente próximo e dialogante, um Presidente de concertação que imprima a negociação se assim for preciso. Queremos e precisamos de um Homem que respeite a Democracia, felizmente temos candidatos que cumprem, julgo eu, alguns destes pressupostos, agora a escolha é sempre das pessoas, e espero que nesta eleição de janeiro haja tanta afluência como houve nas eleições do SL Benfica, porque aqui não está em jogo um pontapé na bola, mas sim o futuro de um país, de um povo que quer continuar a sedimentar a Democracia e a torna-la realidade todos os dias.