O Partido Social Democrata da Covilhã manifestou, através de comunicado, “a sua crescente inquietação” perante o que considera ser uma situação de “degradação política e institucional” na Câmara Municipal da Covilhã. O PSD critica a alegada ausência de liderança efetiva e acusa o executivo de estar mais preocupado com projetos pessoais e eleitorais do que com a governação da cidade.

No centro das críticas está o Chefe de Gabinete da Câmara Municipal, Hélio Fazendeiro, acusado de desenvolver uma estratégia de autopromoção para as eleições autárquicas de 2025, recorrendo à “visibilidade e aos recursos” do cargo, prática que o partido considera uma violação dos princípios de “imparcialidade, ética e dedicação exclusiva que devem pautar o exercício de funções públicas”.

O PSD aponta ainda o afastamento de vários eleitos locais, nomeadamente o presidente da Câmara, Vítor Pereira, que se encontra envolvido na sua candidatura à Câmara de Belmonte; o vereador José Miguel Oliveira, agora candidato à autarquia de Penamacor, e o vereador Serra dos Reis, que concorre através de um movimento independente depois de ter perdido as competências em dezembro e “sem prestar o serviço que prometeu cumprir para com a cidade”.

“Onde estão os eleitos que deveriam representar e defender os interesses da nossa população?”, questiona o PSD, apontando para um “vazio de liderança” e uma “paralisia” na governação municipal. O partido considera inadmissível que o executivo use a autarquia como “plataforma de lançamento de carreiras políticas pessoais”, enquanto a cidade enfrenta desafios sérios que exigem atenção e trabalho constante.

A Comissão Política da Secção da Covilhã apela à população para que “exija dos seus representantes transparência, assiduidade e compromisso real com a Covilhã”, e pede às autoridades competentes que averiguem possíveis usos indevidos de cargos e recursos públicos. O PSD reafirma o seu compromisso com uma gestão “séria, responsável e centrada exclusivamente no interesse dos covilhanenses”.