Hoje lembreime dele. Na minha adolescência, no meio de uma era dominada por Messi e Ronaldo, havia um argentino de sorriso tímido e futebol mágico que me fazia sonhar. Quando chegou à Juventus em 201516, rapidamente conquistou não só os adeptos bianconeri, mas todos nós que vivíamos o jogo com paixão. Um jovem que aparecia no futebol italiano como um autêntico craque, daqueles que nos fazem prender a respiração sempre que tocam na bola. 
Havia uma aura em Dybala. Era o estilo, as tatuagens, o cabelo sempre no ponto, aquela celebração da máscara… tudo isto misturado com um futebol de excelência, que resolvia jogos e espalhava alegria. Numa era de lendas estabelecidas, ele tornavase o preferido

dos mais novos, aquele que imitávamos no recreio. 
E aquela noite contra o Barça… impossível esquecer. Dybala destruiu o Barcelona do temível trio MSN com a sua magia. Dois golos de pura classe e uma exibição completa frente a gigantes que pareciam intocáveis. Foi ali que muitos de nós pensámos: “Este rapaz está a escrever história.” 
E depois houve a fase com Cristiano Ronaldo. Enquanto CR7 atraía defesas e luzes, Dybala surgia entre linhas, criativo, pronto a servir com a mesma delicadeza com que finalizava. Não era apenas um colega de equipa, era um parceiro de sonho, alguém que percebia o ritmo e a fome de golo do português. Viase a química, o respeito, a cumplicidade, isto dentro e fora de campo. 
Dybala era futebol, mas também personagem, carisma, magia. No seu auge, foi inspiração para uma geração inteira de miúdos que sonhavam jogar como ele. 
Não fez a carreira que muitos imaginavam, é verdade. Mas no coração de quem o viu naquele prime, Dybala será sempre mais do que um jogador: será sempre La Joya, o artista que nos fez amar ainda mais o jogo.