Hoje o tema mais falado em todos os órgãos de comunicação e redes sociais, são sem sombra de dúvida os incêndios e a incompetência do estado e claro está, tudo direcionado para o Governo em funções.
Mas clarifiquemos um pouco todas essas mentes brilhantes que criticam, que comentam, que diabolizam e atiram pedras sem cessar.
Todos nós, sejam pobres, sejam ricos ou sejam remediados, temos direito a algum descanso, a festejar e até a socializar com quem nos der na real gana, uns vão para fora cá dentro, outros vão mesmo para fora e outros ficam quietinhos no seu lar.
Mas uns terão sempre mais direito que outros, porque alguns serão sempre menos apedrejados e isto tem um pouco a ver com essa falta de informação, ou mesmo essa falta de leitura necessária, para manter os neurónios atualizados.
Muito se tem criticado o Primeiro Ministro, pela festa do Pontal, pela ausência nos incêndios, pela falta de eficácia na resolução destes mesmos incêndios, pelo dito abandono das populações à sua sorte e ainda pelas suas ditas férias em praias portuguesas, que ao final de cinco dias foram interrompidas pelos ditos incêndios, a par de durante esses cinco dias, ter feito também interrupções para cumprimento de agenda pública, pois estar à frente de um país implica sacrifício e convenhamos, que para se ter frutos de uma boa governação, nem sempre se podem ter férias, o que foi o caso deste mesmo Primeiro Ministro.
Luís Montenegro está em funções como Primeiro Ministro mais ou menos há dezasseis meses e tem sido criticado injustamente no que toca aos incêndios e é por isso mesmo, que não podemos deixar de falar do ano de 2017, onde ocorreu a tragédia de Pedrogão com sessenta e cinco vítimas mortais, tendo trinta delas morrido nos seu próprios automóveis, quando tentavam inutilmente fugir a esse fogo terrível e de acrescentar ainda duzentos e cinquenta feridos graves, um incêndio considerado o mais mortífero da história do nosso país e o décimo primeiro mais mortífero a nível mundial, desde o ano de 1900.
Estávamos a ser governados pelo famoso António Costa, que despois desta tragédia prometeu fundos e mundos a todos os portugueses lesados, neste que foi um incêndio bárbaro, mas infelizmente não fez nem metade do que prometeu, pois todas essas promessas muitas foram as que ficaram no papel, expeto o luto nacional.
Prometeu casas, poucas foram entregues, prometeu gestão e tornar a floresta sustentável e mais resistente, nada foi feito, prometeu dar responsabilidades às autarquias para assumirem o compromisso da limpeza das florestas e nada foi feito, aliás era algo que gostaria de saber da parte da Câmara Municipal da Covilhã, se teve alguma intervenção nessa mesma responsabilidade, que António Costa tanto queria que fosse feita, essa limpeza das famosas florestas.
Penso que todas estas medidas se não tivessem ficado no papel, no discurso e na gaveta, hoje estes incêndios teriam acontecido com menor intensidade e teriam sido muito mais fáceis de controlar.
Mas as diversas adversidades meteorológicas, que como todos bem sabem irão ter tendência a agravar, os incendiários e ainda a falta de meios, são sem dúvida uma contrapartida bem importante a ter em mente, a par de que a coordenação entre bombeiros e proteção civil, deve ser uma constante, estejamos ou não em época de incêndios.
As medidas que se devem tomar para uma nova maneira de encarar a floresta, demoram alguns anos a ser implementadas, pois têm que ser feitas limpezas periódicas, têm que se reforçar os meios de combate, tem que existir vigilância aérea e não esquecer as famosas campanhas de sensibilização, depois reordenar a floresta, fazer uma cobertura de cadastro predial, saber quem é dono do quê e com mais anos de demora, falar de alterar a composição florestal, para que se possa de uma vez por todas, tornar a floresta economicamente sustentável e ecologicamente mais resistente e enquanto as primeiras medidas urgentes a tomar levam entre dois a quatro anos, estas últimas chegam a demorar dez a vinte anos, ou seja, o socialismo nem as primeiras medidas colocou em prática, quanto mais estas últimas.
Como podemos crucificar um primeiro-ministro, que está há tão pouco tempo no poder, se o poder anterior não fez sequer o trabalho que prometeu a um país, que enfrentou um dos piores incêndios de sempre?
A facilidade com que todos apontam o dedo, é a mesma facilidade com que não têm sequer a preocupação em pesquisar, o que foi feito e o que não foi realmente feito e que veio a trazer consequências muito graves.
Quando um Ministro da Administração interna adquire seis helicópteros Kamov à Rússia, para combater incêndios florestais, uma operação que foi alvo de críticas do tribunal de contas devido a custos adicionais e a atrasos de entrega e como Portugal é um país rico, estas belas máquinas, foram liquidadas antecipadamente, estou a falar de helicópteros inoperacionais e com problemas técnicos e que por falta de manutenção, devido a possuírem uma tecnologia completamente diferente da tecnologia da Europa Ocidental, acabaram por ser transferidos para a força aérea para ficarem paralisados e finalmente e numa versão tipicamente socialista, que costuma varrer o lixo para debaixo do tapete, estas belas máquinas acabam por ser doadas à Ucrânia, pois estes famosos helicópteros além de não estarem licenciados para voar em território português, a melhor alternativa foi esta de doar a um país beligerante e não vou mencionar os milhões que se gastaram e que prejudicou e muito o Estado Português, porque o Estado para quem não sabe somos todos nós, e para quem não sabe de quem estou a falar, aqui fica a informação, estou a falar do socialista muito amigo do povo, o famoso António Costa o atual Presidente do Conselho Europeu, que hoje está a negociar sanções para a mesma Rússia, vá-se lá entender o socialismo e a politica de igualdade levada a cabo por eles.
Mas a esta personalidade ninguém atira pedras, este que nos entrou nos bolsos de pantufas e que poucos ou mesmo ninguém deu conta da desgraça que fez ao país, ele e os seus ineficazes ministros, passam pelos pingos da chuva, criticando o que não se faz agora, esquecendo que o agora, podia ter sido prevenido durante os anos que eles governaram muito mal, este belo país à beira-mar plantado.
Hoje se não temos floresta limpa e sustentável a ele o devemos, hoje estes incêndios descontrolados, é também a ele que o devemos, pela má prevenção que não soube aplicar na devida altura, pela má compra de meios que nunca operaram em incêndios e pelo mau controlo às câmaras municipais, para fazerem esse trabalho importante de limpeza, que possivelmente poucas foram as que executaram esse trabalho.
Não é num ano e meio, que se podem implementar estratégias e estruturar toda uma floresta dum país, que foi abandonado nos últimos anos pelos governos socialistas.
Hoje corre um vídeo na internet, de uma senhora que apupou o primeiro ministro na cerimónia do bombeiro falecido num acidente na Covilhã e que todos aplaudem, mas que no fundo é uma falta de respeito e uma falta de saber avaliar o momento em causa, assim como acho uma falta de respeito tantos abraços hipócritas, bem como atitudes de adulação e do querer parecer bem, em suma, uma cerimónia importante e que deveria ter sido de respeito ao bombeiro e aos familiares e que se tornou numa cerimónia onde a demagogia esteve no seu melhor.
Os incêndios não são apenas uma tragédia do presente, mas um grande aviso para o futuro e cabe a cada um de nós aprender com todas estas perdas, as florestas que são tão importantes para o nosso meio ambiente e as vidas que foram paralisadas abruptamente e proibidas de viver no calor do seu lar e o que podemos desejar, é que não se voltem a repetir com a mesma dimensão.
A prevenção e a proteção da nossa floresta, depende de todos nós e a sua reconstrução, sabemos que é lenta e ao mesmo tempo muito necessária, em especial se houver vontade política e uma cidadania ativa, pois só assim será possível transformar a tragédia, numa oportunidade de renovação.
Uma palavra final de gratidão para todos os heróis silenciosos, que arriscam a vida todos os dias, sejam eles civis ou bombeiros e ainda que esta união bela e inquebrável, seja uma chama que nunca se apagará e também um verdadeiro pilar do país que continua a resistir, porque os incêndios são sem dúvida cada vez mais um flagelo não só aqui, mas em todo o mundo.
